Consumidores usam a web para protestar contra produtos com defeito
Propaganda negativa é feita em blogues e sites de vídeos.
Procon alerta que consumidores não podem difamar empresas.
Consumidores insatisfeitos com produtos que levaram para casa resolveram dar o troco pela internet fazendo propaganda negativa e divulgando em blogues e sites de vídeos.
Veja o site do Jornal da Globo
O colchão prometia um sono tranquilo. Virou pesadelo para o aposentado Osvaldo Yadnak. Um rasgo no tecido. "Isso é um colchão de qualidade?", indaga.
O aposentado pediu a troca do produto, dinheiro de volta e nada. De tanto reclamar, recebeu uma ameaça do vendedor. "Vou te dar um soco na hora que você vier aqui", teria dito o vendedor, segundo Yadnak. O caso foi parar no Procon, que coleciona milhares de histórias de consumidores insatisfeitos.
Consumidores que não aguentam os maus tratos resolveram dar um troco, divulgando o problema para todo mundo. Com uma câmera na mão e a ideia do protesto na cabeça, eles gravam uma reclamação e depois põem o vídeo na internet.
A saga de um micro-ondas que não desliga e fica apitando a noite inteira. Mais um aparelho com problema e mais um dono irritado. Máquina de lavar também faz sucesso na rede. Uma dança e a outra faz barulho demais. Em um vídeo, um dia de fúria, chutes e pontapés no computador que pifou.
Mas o Procon adverte: o protesto na internet tem limites. Quem passar da conta pode até ser processado por calúnia e difamação. "Eu posso dizer que isso aconteceu comigo. Esse produto estragou dessa forma, não me deram suporte, não trocaram meu produto e fazer uma reclamação de marca ou de produto. Eu não posso dizer que a empresa é isso ou os produtos de uma maneira geral são aquilo.", explica o coordenador do Procon, Marco Cito.
Dentro das regras, é o troco legítimo do consumidor. Vingança virtual ao alcance de um clique.
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