Pesquisar este blog

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

E a 1.000ª Versão da Bíblia é… | YouVersion

E a 1.000ª Versão da Bíblia é… | YouVersion







E a 1.000ª Versão da Bíblia é…

A comunidade YouVersion alcançou uma marca verdadeiramente global: O App da Bíblia acabou de incluir sua 1.000ª versão da Bíblia! Com Bíblias disponíveis em mais de 700 línguas, isso significa que milhões de pessoas estão lendo agora a Palavra de Deus em sua língua natal, juntas.
A versão número 1.000 é a Deftera Lfida Dzratawi (XEDNT), a primeira tradução digital do Novo Testamento em Hdi (pronuncia-se “ri-dí”), uma língua falada principalmente em Camarões e na Nigéria. Generosamente disponibilizada à comunidade YouVersion pela Wycliffe, esta tradução da Bíblia é uma história incrível de perseverância e amor no seu desenvolvimento…
Completed Deftera Lfida Dzratawi NT, delivered to Hdi in late 2013

A Deftera Lfida Dzratawi está Viva e Ativa

Uma semente plantada. Nos anos 70, João† era um Cristão do grupo de língua Mafa que recebeu o chamado de Deus para se mudar com a sua família para viverem entre o povo Hdi nas montanhas de Camarões. Juntos, João e sua família viveram sua visão para aprender Hdi e compartilhar o Evangelho com seu povo, eventualmente liderando um pequeno grupo de meninos de 12 e 13 anos para  um relacionamento com Jesus Cristo como seu Salvador.
Os fiéis continuaram regando. No final dos anos 80, Beth Hathman e Cindy Langermann foram viver entre o povo Hdi, na esperança de estabelecer as bases para uma eventual Bíblia na língua Hdi. Por aquele tempo dois dos rapazes do pequeno grupo de João, Felipe† e Estevão† , tinham se tornado jovens homens. Esta primeira geração de cristãos Hdi ensinou a Beth e Cindy como falar a língua, e em seguida continuou a trabalhar com elas para analisar e documentar as suas diversas estruturas.
Quando Beth e Cindy mudaram de carreiras em 1995, Lee e Tammi Bramlett mudaram com sua família para Camarões para continuarem o trabalho. E Felipe e Estevão estavam lá para recebê-los, determinados a ajudar na finalização da tradução, de modo que seu povo pudesse ter uma Bíblia verdadeiramente sua.
In Hdi: Jesus answered, “I am the way and the truth and the life. No one comes to the Father except through me.” (Jn 14:6)
A colheita feita. Tradutores completaram o texto Hdi em parceria com a SIL International e a Associação Camaronesa para Tradução e Alfabetização da Bíblia, e em Setembro de 2012 a Deftera Lfida Dzratawi foi escrita. Após a impressão e envio, a XEDNT foi alegremente entregue ao povo Hdi em uma cerimônia especial de consagração em Dezembro de 2013.
Hdi hold the NT, translated into their own language, for the 1st time

Um novo tipo de amor

As pessoas Hdi valorizam profundamente humildade, hospitalidade e amor. Mas os Hdis que ajudaram na tradução foram surpreendidos ao descobrirem uma palavra totalmente nova. Hdi já tinha uma palavra para amor, dvi, que significa que você já sentiu amor por alguém, mas que esse amor desapareceu com o tempo. Hdi também tinha outra palavra para o amor, dva, que significa que você ama alguém, porque eles fazem as coisas para você. Mas o Hdi passou a reconhecer uma palavra que nunca tinha sido usada em sua língua, antes, dvu, que significa amar alguém incondicionalmente, não importa quem eles sejam ou o que fazem, da maneira que Deus ama o Hdi. Agora, os Hdi estão convencidos de que dvu tem o poder de transformar toda a sua cultura.
Hdi reach toward the Deftera Lfida Dzratawi as they pray at its dedication
Nomes alterados para proteger a privacidade desses indivíduos.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Sobre pais e filhos

Que texto lindo!
Carpinejar se excedeu, como sempre!
Vida longa aos pais.
Vida longa ao meu amado pai - Seu Klépis/Klepinho (Kléper).
Sou o que sou em razão dele, com altos e baixos, mas sou ele também.
Shalom!

"Todo filho é pai da morte de seu pai"
Fabrício Carpinejar

"Feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia."

Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai. É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso. 
É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. 
É quando aquele pai, outrora firme e instransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar. 
É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela - tudo é corredor, tudo é longe. 
É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios. 
E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
Todo filho é pai da morte de seu pai. Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta. E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais. Uma das primeiras transformações acontece no banheiro. Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas.

Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes. A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões. Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus. Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente? Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.
E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece
somente no enterro e não se despede um pouco por dia. 
Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos. No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:
— Deixa que eu ajudo.
Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.
Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.
Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.
Embalou o pai de um lado para o outro.
Aninhou o pai.
Acalmou o pai.
E apenas dizia, sussurrado:
— Estou aqui, estou aqui, pai!
O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Brasileiro paga gasolina de 'primeiro mundo'


Brasileiro paga gasolina de 'primeiro mundo'
Por Bruno Villas Bôas (bruno.villas@oglobo.com.br) | Agência O Globo - 12 horas atrás

Rio - Mesmo com o controle de preço dos combustíveis pelo governo - uma tentativa de estabilizar a inflação ao consumidor no país - o motorista brasileiro paga um dos litros de gasolina mais caros do mundo. Uma pesquisa da consultoria americana Airinc, obtida pelo GLOBO, mostra que a gasolina comum vendida nos postos do país (R$ 2,90 por litro) custa 40% a mais do que em Buenos Aires (R$ 2,08) e 70% acima do comercializado em Nova York (R$ 1,71). Os dados foram coletados em 35 países, no mês de janeiro, e revela que a gasolina brasileira ocupa a 13ª posição entre as mais caras do mundo, próximo de países desenvolvidos. Como na Noruega, onde o combustível chega a custar R$ 4,49. Também estão à frente do Brasil, Inglaterra e Itália.
Segundo especialistas, os impostos cobrados sobre o produto nas bombas são os responsáveis pela distorção. O preço do combustível ao consumidor é atualmente composto por 39% de carga tributária (ICMS, Cide, PIS/Pasep e Cofins). Outros 18% são a margem da distribuidora e revendedora; 9% são o custo do álcool anidro (que é adicionado à gasolina) e mais 34% referem-se ao custo da refinaria.
Segundo Alisio Vaz, presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), o principal problema está no imposto na esfera estadual. No Rio, por exemplo, o governo do estado cobra 31% de ICMS sobre a venda da gasolina. Isso representa R$ 0,90 do preço do produto.
- Não é nosso papel ficar reclamando de tributação. Quem tem que fazer isso é o consumidor. O imposto é estabelecido pelos poderes Executivo e Legislativo. Mas a carga tributária é sim muito alta - afirmou Vaz, para quem o peso tributário torna desprezível, por exemplo, os problemas logísticos do país na distribuição de combustíveis, o que aumentaria em "alguns centavos de real o custo final do produto".
Para Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, no entanto, política tributária do combustível no país está correta. Ele explica que uma gasolina barata aumentaria o consumo do produto, causador de poluição, e beneficiaria apenas a parcela da população que tem dinheiro para ter automóvel:
- Uma gasolina barata não beneficiaria a coletividade. Reduzir impostos da gasolina significaria abrir mão de arrecadação para outros objetivos, como saúde e educação. Esse recurso pode ir para melhorar metrô, transporte coletivo. Gasolina barata é coisa de país pouco desenvolvido.
O tema é controverso. A classe C tem sido a principal responsável pelo aumento do consumo de combustíveis e pela compra de automóveis no Brasil. Segundo o antropólogo Everardo Rocha, da PUC-Rio, a carência de transportes públicos de qualidade muitas vezes exige a compra de um carro.
- Uma gasolina mais barata também incentivaria a indústria e a economia inteira. Foi assim nos EUA. Uma gasolina barata não é uma questão apenas de classe social. E quem garante que os recursos arrecadados são revertidos em investimento ou se perde em coisas menos importantes? - disse Rocha.
O combustível brasileiro aparece na pesquisa com o mais caro da América Latina, superando países como Chile (R$ 2,71), México (R$ 1,29) e Venezuela (R$ 0,03). Esta última tem o combustível mais barato do mundo.
O preço do combustível brasileiro não é mais caro porque a Petrobras vende o produto a preços subsidiado na refinaria, o que chegou a prejudicar o resultado da companhia no quarto trimestre do ano passado, cujo lucro caiu 52% frente ao mesmo período do ano anterior. E isso pode aumentar a pressão na estatal por um reajuste de preços.
Em entrevista exclusiva ao GLOBO publicada nesta quarta-feira, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou que "num tempo determinado, os preços terão que ser ajustados" ao ser perguntada sobre os impactos da perdas com combustíveis da companhia no ano passado. "Comparando 2011 com 2010, tivemos uma diferença de R$ 2,8 bilhões, o que é muito", acrescentou Graça Foster.
Segundo a Petrobras, a companhia recebe sem impostos R$ 1,02 para cada litro de gasolina comum vendida nos postos, considerando um valor de R$ 3 por litro. A empresa acrescenta que não tem ingerência sobre o valor restante (R$1,98). "Portanto o preço final da gasolina no varejo não depende exclusivamente da companhia, mas envolve outros agentes", acrescentou em nota.
Adriano Pires , do Cbie, defende a livre flutuação de preço do combustível e afirma que o governo brasileiro erra ao usar a gasolina como mecanismo de controle de inflação.
- O governo brasileiro tem que procurar outros meio de controlar a inflação sem ser pelo controle de preço do combustível. Em outros países, quando o preço do petróleo sobe, o custo da gasolina cresce - explica.
O produto comercializado pela Petrobras está 16% mais barato na gasolina e 21% mais barato no óleo diesel em relação ao preço lá fora. Por isso, a estatal deixou de arrecadar R$ 7,8 bilhões em 2011.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

‘Gatos’ causam prejuízo de R$ 7 bi e encarecem tarifas


Por AE | Agência Estado - 4 horas atrás
A perda de energia elétrica com ligações clandestinas, os famosos "gatos", chega a quase R$ 7 bilhões ao ano no País, encarecendo as tarifas para todos os brasileiros. Em média, 13% da energia consumida não é faturada, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A situação mais alarmante é na Região Norte.

O Estado recordista em "gatos" é o Amazonas, segundo levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), com base nos números de 2010. A perda de energia chega a 30%. Na vice-liderança está o Piauí, que não fatura 21,9% do que é gerado, seguido por Alagoas (19,4%) e Rondônia (19,1%). O Rio de Janeiro aparece em sétimo lugar.

Mesmo com o aumento dos investimentos e da fiscalização pelas distribuidoras, o presidente da Abradee, Nelson Fonseca Leite, explicou que a redução das perdas é gradual e, portanto, os resultados devem aparecer apenas no longo prazo. "Ninguém vai mudar a cultura de combate às fraudes e furtos de um ano para outro", ponderou Leite, acrescentando que o retrato de 2011 não será muito diferente do que o revelado em 2010.

Por utilizar metodologia diferente, a média de perda por furto ou fraude calculada pela Abradee é de 5,1% de toda a energia colocada no sistema - 503.858 gigawatts-hora (GWh) - ante os 13% calculados pela Aneel. Mas, independentemente das diferenças no método de cálculo, Leite frisa que o prejuízo com os "gatos" são elevados. "Todos poderíamos pagar uma tarifa menor se não tivéssemos um nível tão alto de perdas no Brasil".

O entendimento da Aneel não é diferente. Em novembro, quando a agência discutiu a questão, o diretor Edvaldo Santana ressaltou que a energia consumida sem ser faturada - por furto ou fraude - é um dos "pontos fracos" para o desempenho do setor elétrico. Na avaliação dele, é "intolerável" que o nível médio de perda esteja em torno de 13%, com mais de 60% no Norte. "É como se as duas usinas do Rio Madeira fossem construídas apenas para suprir perdas", destacou, referindo-se a Santo Antonio e Jirau. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Programado para morrer

http://blogs.estadao.com.br/link/programado-para-morrer-2/


Programado para morrer

Por Tatiana de Mello Dias
A obsolescência programada reduz a durabilidade de produtos para estimular o consumo, mas um documentário vem mostrar o lado sombrio desta prática raramente admitida pela indústria
Cenas do fim. O filme foi lançado em 2010. Cosima está nos EUA apresentando-o em festivais. Não há previsão de estreia no Brasil. FOTOS: Reprodução
SÃO PAULO – A cineasta Cosima Dannoritzer usa o mesmo celular há 13 anos. “Ele nem tira fotos, mas eu tenho uma câmera para isso”, diz. Depois de ouvir lendas urbanas sobre obsolescência programada – a prática da indústria de determinar uma vida útil curta em seus produtos para vender mais –, ela decidiu investigar o tema. E a realidade se tornou ainda mais estranha para ela.
—-
• Siga o ‘Link’ no Twitter, no Facebook e noGoogle+
Em seu documentário, The Light Bulb Conspiracy (A conspiração da lâmpada, em inglês), Cosima mostra que a indústria tem práticas escusas para determinar a validade dos seus produtos. E isso ocorre especialmente na indústria da tecnologia.
O caso da primeira geração do iPod é emblemático. Casey Neistat, um artista de Nova York, pagou US$ 500 por um iPod cuja bateria parou de funcionar 8 meses depois. Ele reclamou. A resposta da Apple foi “vale mais a pena comprar um iPod novo”. O caso virou uma ação de rua nos cartazes publicitários da Apple, retratada no vídeo iPod’s Dirty Secret. O filme foi visto por Elizabeth Pritzker, uma advogada de São Francisco. Ela entrou com uma ação coletiva em nome dos consumidores – naquela altura, a Apple já havia vendido três milhões de iPods pelos EUA.
No caso do primeiro iPod, a empresa fez um acordo com os consumidores. Elaborou um programa de substituição das baterias e estendeu a garantia dos iPods por US$ 59. A Apple disse ao Link que “a vida útil dos produtos varia muito com o seu uso”.
“Eu acredito que o desenvolvimento do iPod foi intencionalmente uma obsolescência programada”, diz a advogada no documentário.
De diretora, Cosima abraçou a causa e virou ativista contra o consumismo. “Na indústria da tecnologia, muitos consumidores estão sempre procurando pela última versão, para ter novas funções, mas também para seguir a moda”, afirma. “Muitas formas de obsolescência programada estão juntas. Na forma tecnológica pura, mas também na forma psicológica em que um consumidor voluntariamente substitui algo que ainda funciona só porque quer ter o último modelo.”
Uma dessas travas eletrônicas é a que está em impressoras a jato de tinta. No filme, um rapaz vai à assistência para consertar sua impressora. Os técnicos dizem que não há conserto. O rapaz então procura pela web maneiras de resolver o problema. Ele descobre um chip, chamado Eeprom, que determina a duração do produto. Quando um determinado número de páginas impressas é atingido, a impressora trava.
A Epson nega. A assessoria de imprensa afirma que não há nenhum prazo para seus produtos. “Rejeitamos totalmente a afirmação de que eles são fabricados para apresentar defeitos depois de algum tempo”, disse. “A almofada de tinta e o Eeprom mencionados no programa são instalados para manter a alta qualidade da impressora e não para controlar a vida útil do produto.”
Crescimento. A prática, porém, não é de agora. A história da obsolescência programada confunde-se com a história da indústria no século 20. E tudo começou com lâmpadas.
Na década de 1920, um cartel que reunia fabricantes de todo o mundo decidiu que as lâmpadas teriam uma validade: 1.000 horas (embora a tecnologia da época já pudesse produzir lâmpadas mais duráveis, e uma lâmpada de 100 anos que ainda permanece acesa é citada logo no início do documentário). Assim, as empresas conseguiriam garantir que sempre haveria consumidores para seus produtos.
Com a crise de 1929 o consumo caiu. E a obsolescência programada se consolidou como uma estratégia da indústria para retomar o crescimento.

Clique para ampliar
O economista Bernard London foi o primeiro a teorizar sobre a prática. Em 1932, publicou o livro The New Prosperity. O primeiro capítulo deixa claro: “Acabando com a depressão através da obsolescência programada”. Ele sugere que, se as pessoas continuassem comprando, a indústria continuaria crescendo e todos teriam emprego.
Em teoria, diz Cosima, não há nada de errado na obsolescência programada. “Nós não queremos um computador com 20 anos de idade”, exemplifica. “Mas a vida útil dos produtos está se tornando mais curta e não dá para atualizar nada sem jogar o objeto inteiro no lixo”, diz a cineasta.
E é aí que vem a conta. Cosima visitou lixões em Gana, na África, para chegar o final da cadeia produtiva dos eletrônicos de consumo rápido. Viu pessoas serem exploradas em busca dos metais valiosos dos produtos.
“Se eu uso meu celular por dois anos em vez de um, não é um grande sacrifício, mas se todos fizerem isso, significaria que apenas metade dos celulares em desuso seriam enviados para lixões ilegais.”
Para a diretora, a crise mundial mais uma vez pode refletir no comportamento da indústria. Só que, desta vez, ao contrário. Na Consumer Eletronics Show, a CES, maior feira de tecnologia dos EUA, que ocorreu no início do ano, a pirotecnia de lançamentos de aparelhos dividiu espaço com outra tendência: a durabilidade dos produtos. Passou quase despercebido, mas algumas empresas já estão partindo para a “desobsolescência programada”, como escreveu Lance Ulanoff, editor-chefe do site de tecnologia Mashable.
Programado. Chip EEPROM, encontrado dentro das impressoras
Ele cita as smart TVs “à prova de futuro” da Samsung, que têm um kit para se manterem atualizadas. “Claramente a Samsung descobriu que os consumidores não estão tão interessados em TVs de alta definição que ficam desatualizadas ou saem de moda em poucos anos de uso”, escreveu. Ele também falou do Motorola Droid Razr Max, smartphone Android, cuja bateria roda até 15 horas de vídeo com uma carga.
“Há empresas que estão vendendo produtos mais duráveis convencendo seus consumidores de que isso é um bom investimento”, diz Cosima. Ela cita no documentário as lâmpadas ultra-duráveis da Philips que ficam acesas por até 25 mil horas. Segundo a assessoria da Philips, os produtos verdes representaram 31% do total das vendas da companhia. Foram mais de 800 lançamentos nessa área nos últimos dois anos.
“A obsolescência programada sempre faz sentido enquanto você pensa em como manter o crescimento da indústria e a criação de empregos a curto prazo”, diz Cosima. “O problema é a longo prazo. Estamos usando nossos recursos naturais e criando montanhas de lixo. A obsolescência programada funcionou bem no passado, mas estamos começando a ver as consequências. É um sistema que não pode ser usado para sempre.”
—-

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Planos de saúde terão de cumprir 69 novas coberturas a partir deste domingo


Planos de saúde terão de cumprir 69 novas coberturas a partir deste domingo

Entre as principais novidades está a inclusão de 41 tipos de cirurgias por videolaparoscopia; exames para pacientes com câncer passam a ser cobertos

Sexta, 30 de Dezembro de 2011, 20h50
Epitácio Pessoa/AE
Planos de saúde terão de cumprir 69 novas coberturas a partir deste domingo
Cirurgia por videolaparoscopia passará a ser coberta pelos planos de saúde
Fernanda Bassette
SÃO PAULO - A partir deste domingo, os planos de saúde terão de garantir a cobertura de 69 novos procedimentos que foram determinados em resolução pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
O novo rol é a base mínima de procedimentos que as operadoras terão de oferecer a todos os usuários de plano. Entre as principais novidades está a cobertura de 41 tipos de cirurgias por videolaparoscopia - técnica mais moderna, menos invasiva, que permite uma recuperação mais rápida do paciente - , substituindo de vez as cirurgias tradicionais feitas por via aberta. 

A mais demandada foi a cirurgia de redução de estômago: a ANS recebeu um documento com 2 mil assinaturas pedindo a inclusão desse procedimento na lista das coberturas obrigatórias. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) apontam que em 2009 foram feitas 45 mil cirurgias - 25% delas por meio do vídeo. Em 2010, das 60 mil operações, 35% foram por vídeo.

Outras técnicas. E não é apenas a cirurgia bariátrica que será beneficiada no novo rol de coberturas por vídeo. Cirurgias de intestino e do aparelho digestivo também foram incluídas. 

Além disso, a ANS aumentou a cobertura de exames como o PET-Scan, um dos mais modernos de diagnóstico por imagem. A partir deste sábado, os planos terão de cobrir o PET-Scan para câncer de intestino, além de linfoma e câncer de pulmão. 

A ANS também alterou o número de consultas com nutricionistas, tornando ilimitado, por exemplo, o número de consultas para diabéticos que usam insulina. O novo rol também contempla sessões de oxigenoterapia para tratar pé diabético. E incluiu o implante bicoclear para pessoas com deficiências auditivas.

Outra novidade é a obrigatoriedade dos planos de pagar terapias imunológicas para pacientes com doenças reumatológicas. São terapias mais modernas, seguras, que causam menos efeitos colaterais e estancam o avanço da doença. Trata-se de um tratamento de alto custo que não é coberto pelo SUS.

Segundo Karla Coelho, gerente de atenção à saúde da ANS, a inclusão dos novos procedimentos ocorreu depois de uma série de reuniões com especialistas das áreas, operadoras de planos, prestadores de serviço e órgãos de defesa do consumidor.

A agência lançou uma consulta pública no site e recebeu cerca de 8 mil demandas e sugestões que foram analisadas pelo grupo técnico. "Cerca de 70% das sugestões vinham de usuários que solicitavam a inclusão de novos procedimentos", diz Karla.

Impacto. Karla diz que antes de incluir novas coberturas obrigatórias, a ANS fez uma análise de disponibilidade de rede, como hospitais, clínicas e laboratórios, para avaliar se os planos teriam condições de arcar com os novos atendimentos e qual o impacto disso nas mensalidades. 

"A gente fez uma avaliação de todo o custo e vamos acompanhar o impacto da medida nas mensalidades. Na última revisão, publicada em 2010, o impacto foi perto de zero. A cirurgia por vídeo pode ser um pouco mais cara, mas ela reduz tempo de internação", diz.

Para entidades de pacientes com câncer, um dos pontos negativos foi a não inclusão das quimioterapias orais, que possibilitam o tratamento contra o câncer em casa e com menos efeitos colaterais. Para as entidades, essa quimioterapia é mais eficaz e reduz a ocupação de leitos.

Os transplantes também ficaram de fora da nova cobertura e devem ser analisados para a próxima atualização, que deve ser publicada dentro de dois anos.

"Muitas demandas ainda ficaram de fora, mas automaticamente elas já estão na lista das novas propostas para a próxima atualização", diz Karla.

Problemas. Para Joana Cruz, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), um dos riscos da nova cobertura é as operadoras alegarem não terem profissionais ou a tecnologia disponível em determinado município. Outro será fazer um reajuste abusivo.

"A regra exige que a operadora providencie o atendimento e o transporte para a cidade mais próxima. Mas, num primeiro momento, eles podem negar e isso caracteriza descumprimento de obrigação. O cliente precisa denunciar", orienta.

Em caso de negativa de cobertura, o beneficiário do plano de saúde deve entrar em contato com a ANS pelo telefone 0800-7019656 e registrar a queixa. Também pode procurar um núcleo da agência para fazer a reclamação pessoalmente. 

A FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), que representa 15dentre os maiores grupos de operadoras de saúde, informou por meio de nota que, "uma vez aprovada a inclusão de novos procedimentos no rol da ANS, a legislação será rigorosamente cumprida".

Para a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), as novas obrigatoriedades poderão causar a falência das operadoras de pequeno porte.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Nissan: Novas propagandas, engraçadas e agressivas

As novas propagandas da Nissan são bem criadas e com um humor excelente, crítico.
Espero que surja efeito, a fim de que a indústria automobilística brasileira seja mais dada a qualidade e não ao preço.
Todas as montadoras brasileiras se especializaram em apenas mudar poucas coisas na aparência e elevar sobremaneira o preço.
Ainda sou da época em que retrovisor do lado esquerdo (carona) era opcional e quando foi introduzido como item de segurança e básico de um carro, foi motivo para aumento de preço. A VW era e continua sendo mestra nessas maquiagens.
É também necessário que o governo diminua a carga fiscal incidente sobre os bens produzidos, todos eles, se é que se pretende de verdade que esse País cresça.
Assistam:

http://www.youtube.com/user/nissanoficial?v=BWE_6QY0SCc&feature=pyv&ad=8599667656&kw=megadeth

http://www.youtube.com/watch?v=tcsXoqNoxT4&feature=related

JD

NA ESCOLHA DE PRODUTOS, VC ESCOLHE APENAS PELO PREÇO OU VERIFICA A QUALIDADE E O PREÇO?

Powered By Blogger

Bem-vindos!

Sejam bem-vindos ao Blog onde procuraremos tratar das qualidades dos serviços e produtos, dentro de uma perspectiva crítica para melhorar a qualidade tanto do consumidor, com esclarecimentos, bem assim, em melhorar a forma de atuação e vendas das empresas, sejam elas fornecedoras de produtos ou serviços, mediante assessoria.
Este é um espaço democrático para as discussões acerca dos problemas vividos numa sociedade marcada pelo capitalismo selvagem praticado no Brasil, bem como pela sociedade consumista que nos tornamos.

Seguidores

Quem sou eu

Minha foto
Salvador, Bahia, Brazil
Advogado. Professor Universitário e Consultor de Qualidade.